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Tecnologia Imersiva e BIM

Atualizado: 23 de mar. de 2019



Na indústria da construção existe uma grande necessidade de melhorar os processos atuais que possuem uma produtividade muito baixa e carregam consigo um passivo ambiental altíssimo. Existem muitos participantes envolvidos e isso muitas vezes transforma o projeto de construção em um processo complexo, que precisa ser gerenciado cuidadosamente em todas as etapas, sobretudo em sua fase preliminar para que a sua construção e operação subsequente sejam bem sucedidos.


Ao contrário da indústria da construção, em outras indústrias é comum trabalhar com protótipos com a finalidade de testar, analisar e assim otimizar os produtos antes de serem colocados em produção. A indústria automobilística antes de começar a produzir um modelo novo comercialmente, realiza muitos anos de projetos, durante os quais o software 3D são usados para projetar e também dimensionar o protótipo em uma escala 1:1 adequada para testes, análises e otimização antes de construir um modelo. Este é o ponto onde a indústria automobilística difere significativamente da indústria da construção.


Apesar das diferenças a indústria da construção possui um grande potencial. Claro, que devido as dimensões dos projetos da indústria AEC e a quantidade de recursos utilizados para a construção de uma réplica, não é viável criar uma réplica 1:1 no mundo real para se realizar testes e analises. Mas durante a fase de planejamento e de projeto  podemos nos basear no que acontece nas outras indústrias e criar protótipos virtuais. Uma série de softwares foram desenvolvidos especificamente para este propósito, que são os famosos softwares BIM, onde profissionais da indústria usam a ferramenta para criar o protótipo virtual dentro de sua própria área de especialização.


Com essas novas tecnologias, na qual o BIM é usado ​​como base para a criação do protótipo virtual, transformando a construção em um banco de dados, ocorreu uma mudança no processo de projeto. Como agora os modelos deixam de ter objetivo meramente representativo e passam a desempenhar a função de protótipos que devem ser testados, analisados e otimizados, a fim de serem capazes de gerar informações para planejamento, suprimento, construção e operação, as suas informações e dados imputados devem ser o mais próximos da realidade quanto possível.


O avanço tecnológico não cessou e hoje existem ainda mais recursos disponíveis para testar, analisar e otimizar projetos, sendo crucial cada vez mais trabalhar de maneira fiel a realidade. Um desses recursos são as tecnologias imersivas, como as que são utilizadas dentro da realidade aumentada e da realidade virtual. Elas não só criam valor para os profissionais alocados na fase de projeto, mas também para todos os outros profissionais envolvidos em outras fases do ciclo de vida do projeto. Essas tecnologias trazem em uma escala 1: 1 a construção, fornecendo um entendimento comum para os responsáveis pela construção, projetistas, usuários e operadores, e criando a transparência necessária para otimizar o projeto, de forma que a função do edifício seja minuciosamente testada e analisada.


O futuro não é o BIM, mas uma série de melhorias em processos e tecnologias que são relacionados à ele. Um estudo recente fez a previsão de que o uso da realidade virtual e da realidade aumentada entre usuários de CAD aumentará 140% nos próximos cinco anos. Estamos à beira de uma outra revolução digital? O protótipo virtual dentro de um ambiente imersivo garante ainda mais benefícios econômicos, seja na fase do projeto ou na sua construção e operação subsequente. Prova disso são os diversos investimentos e ações que são vistas por diversas empresas do setor.


A Bentley, por exemplo, uma empresa de é um líder global que fornece aos engenheiros, arquitetos, profissionais geoespaciais, construtoras e proprietários soluções de software, está combinando BIM e realidade aumentada com drones para captar com mais precisão o progresso de um projeto de construção e detectar erros no processo. A empresa realizou recentemente um experimento no escritório da Bentley, capturando vídeo do edifício durante a construção de uma extensão para o segundo andar. O acompanhamento de obra envolve visitas frequentes ao local, verificando o que foi construído e se o edifício corresponde ao projeto. Quanto mais cedo os erros são detectados, melhor, que é onde o drone entra.


A BIMobject empresa que trabalha atualmente oferecendo réplicas de produtos reais de fabricantes reais em formato compatível com os principais softwares BIM do mercado, lançou esta semana soluções de realidade aumentada e realidade virtual com a finalidade de oferecer novas formas de mostrar e vender produtos. Como as decisões de compra hoje são feitas cedo no processo digital, para os fabricantes isso significa que é crucial estar presente naquele momento exato - oferecendo produtos digitais facilmente acessíveis. A BIMobject oferece com a sua solução de realidade virtual a possibilidade de ver os produtos em um ambiente fotorealista, arrastando e soltando-os em torno do espaço virtual para experimentar diferentes alternativas e ver parâmetros BIM de objetos individuais usando a interface do site BIMobject. Já com sua solução de realidade aumentada é possível colocar versões virtuais de produtos (objetos BIM) em um entorno real, o que permite realmente se experimentar a aplicação de um produto, arrastar e soltar objetos em torno do espaço real e ver os parâmetros BIM de cada objeto.


Uma empresa chamada Daqri, desenvolveu um capacete inteligente capaz de proteger os trabalhadores, melhorando o que eles vêem no local e permitindo-lhes compartilhar e ver vários elementos de construção, dados e plantas em tempo real. Não irá pesar mais do que um capacete de segurança padrão e vem com uma viseira de segurança anti-reflexo, resistente a riscos. A tecnologia dentro do capacete inclui uma câmera de 13 megapixels de alta definição, reconhecimento de 2D alvo e rastreamento, bem como o reconhecimento de objeto / cor e um HUD 4D. Ele é alimentado por um processador Intel Core i7 de sexta geração e também inclui a tecnologia Intel RealSense para melhorar a sua capacidade de detecção de profundidade. O capacete é totalmente compatível com BIM. Um programa dentro da câmera chamado Intellitrack é capaz de capturar e exibir informações sobre o ambiente. O software permite informar localização do usuário sem depender de GPS, Bluetooth ou Wi-fi.


E você está pronto para fazer parte dessa revolução virtual?


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Até o próximo BIMConteúdo.

Por: Mariana Macedo.

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